terça-feira, 30 de setembro de 2008

Metodista transmite programa de rádio ao vivo


Comemorando os 200 anos da imprensa no Brasil, o 4º Encontro de Jornalismo Metodista 2008 transmitiu ao vivo na noite da última terça-feira (23) o programa de rádio Globo Esportivo. A atração contou com a apresentação de Oscar Ulisses e participações de Paulo Junior (PJ), do comentarista Caio Ribeiro e do professor da Metodista Eduardo Borga.

Oscar iniciou agradecendo o convite para o evento e destacou a idéia de fazer um programa fora do estúdio, com a participação direta dos alunos. “É legal a relação entre estudantes e professores, está sendo bom para nós da Rádio Globo matar a saudade convivendo com os universitários”. O programa abrangeu as principais notícias de esportes e contou com as opiniões de alguns estudantes sobre o tema.

Durante a transmissão, o quadro “Ponte Aérea” interagiu com os correspondentes Zé Carlos, do Rio de Janeiro, e Oswaldo Reis, em Minas Gerais onde tiveram também participações de alunos das universidades locais.

O professor Borga diz que o evento foi muito importante para a Universidade, porque os alunos puderam saber como funciona o jornalismo radiofônico e que a idéia de estar interligado com outros estados ao mesmo tempo é muito interessante.

“A Bela e a Bola”, de Renata Fan, é um quadro curto que destaca uma única noticia. Renata falou sobre o Palmeiras. O programa além de mostrar notícia esportiva, também passa informações sobre o trânsito e previsão do tempo.

O que mais chamou atenção foi à presença de Caio Ribeiro, comentarista da Rede Globo. Muitos queriam tirar fotos e pedir autógrafos. Ele atendeu a todos. “Participar de um programa fora do estúdio é mais gostoso tendo o contato com o público, tem calor humano apesar do frio”, afirmou o ex-jogador.

Alberto Rigolo, ex-técnico da seleção brasileira de handebol, teve uma pequena participação e comentou sobre a atuação das equipes nas Olimpíadas de Pequim. Falou ainda sobre um projeto que existe desde 1993 de inclusão social nos Esportes da Metodista.


Texto
Alex de Cara, Bárbara Martinez, Carla Legner e Raquel Munhoz.

Jornalismo Participativo é tema da última palestra do 7º Encontro de Jornalismo

A última palestra do 4º Encontro de Jornalismo realizado pela Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Metodista trouxe profissionais que se destacam na área, como Ana Lúcia Araújo do site Limão, do grupo Estado, Margot Pavan do grupo Abril, Ricardo Fotios, professor da FAJORP e integrante do UOL e Camila Escudero, também professora da FAJORP que foi a moderadora do evento. O tema dessa palestra foi Jornalismo Participativo que envolve sites de relacionamento e salas de bate-papo.

Os alunos de todos os cursos da FAJORP foram convidados a participar do evento. Um dele é Eduardo de Oliveira Ribeiro que está no sexto semestre de Relações Públicas. Ele conta que achou muito boa a iniciativa de tratar desses temas da área do jornalismo com profissionais renomados. Em relação a sites de relacionamento, Eduardo afirma “Eu utilizo poucos. O que eu mais acesso é o Orkut. É importante ter sites assim pois são os novos meios de diálogo e hoje toda área de comunicação usa esses sites como uma ferramenta de relacionamento com o público”.

Outra aluna que participou dessa última noite do evento foi Mariana Espósito (foto) que cursa o 3º semestre de jornalismo. Ela diz ter gostado da palestras porque muitos pontos sobre jornalismo participativo que não estavam claros para ela foram esclarecidos. A estudante do 4º semestre de jornalismo, Jéssica Brizzante afirma que as palestras foram muito importantes para os futuros profissionais “vejo essa iniciativa como um exemplo tanto para aqueles que estão entrando no mercado de trabalho, quanto para aqueles que já estão nele. É uma oportunidade de proporcionar para os alunos um contato direto com os profissionais mais renomados que estão no mercado”, completa Jéssica. Ela também diz não entrar muito em salas de bate-papo pois prefere navegar pelos sites de notícias.

Entre a platéia do evento estava o coordenador do curso de Jornalismo da Metodista Rodolfo Carlos Martino (foto) que diz que essa foi uma experiência única para todos da FAJORP. “Nesse ano teve mais adrenalina. Ao vivo tudo pode acontecer. Estou muito feliz e quero levar essa experiência para outras escolas. Isso é uma porta que se abre para os alunos”, diz o coordenador”. “O melhor desse encontros, foi a diversidade desses profissionais que participaram dos painéis. Os alunos puderam comparar. É um bom caminho e vocês estão só começando”, conclui o professor.

Equipe de reportagem: Carolina Garcia, Giovana Fioratti, Juliana Artur do Nascimento, Letícia Genésio, Mariana Cardoso

Importância do jornalismo participativo

“Quando a gente faz da nossa profissão uma coisa pequena, medíocre, a gente deixa leigos tomarem o nosso lugar”. Essa foi a observação que Ana Lúcia Araújo, editora de conteúdo e homepages do site Limão, que pertence ao Grupo Estado, fez no encerramento do VII Encontro de Jornalismo realizado pela UMESP – Universidade Metodista de São Paulo – na quarta-feira à noite, 24. Foi ressaltada a importância do jornalismo como ferramenta de papel histórico dentro da sociedade e do bom preparo dos estudantes de jornalismo. “É importante ter pessoas jovens e bem preparadas nas redações”, destacou.

O encontro, mediado pela professora Camila Escudeiro, da Fajorp – Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas –, também contou com a presença de Ricardo Fotios, gerente de conteúdo do UOL e membro da Fajorp, e Margot Pavan, gerente de desenvolvimento de mídia digital da Abril.com. Como os três convidados já haviam trabalhado juntos, houve muita integração durante todo o painel, o que tornou o debate um bate-papo descontraído.

A palestra teve seu enfoque no jornalismo participativo e na interatividade da internet na atualidade. Em um país onde o número de internautas residenciais cresce cada vez mais – alcançando o recorde em julho de 2008 com 23,7 milhões de pessoas conectadas, segundo dados do Ibope/NetRatings divulgados em 27 de agosto ­­­–, Ana Lúcia destacou a importância da internet como um dos principais veículos de informação jornalística no Brasil e a possibilidade de integração imediata com o público. “Na internet a gente sabe que pelo menos o título ele [o leitor] leu, porque ele clicou [...] Aí ele comenta e diz ‘está tudo errado isso que vocês escreveram’, e a gente vai lá e corrige”. Ela ressaltou a importância da opinião e da participação do público como forma de melhorar o papel da internet como jornalismo participativo e exemplificou quando, em 11 de setembro, o mural do UOL ajudou três famílias brasileiras a encontrarem seus familiares em Nova York em meio à confusão daquele dia.



Ana Lúcia, formada pela UMESP, relembrou os primeiros anos de trabalho no UOL, que é joint venture dos grupos Folha e Abril, e depois na Folha Online. Ela diz que foi “um processo muito duro convencer o jornalista de redação a colocar seu material na internet", pois o jornalista podia ter seu material contestado por alguém com mais conhecimento no assunto tratado. Essa contestação, segundo ela, valoriza a informação. "Mais do que prestar um serviço, a gente dava espaço pra essa informação crescer", afirma. Foi debatida também a importância do bate-papo do UOL como uma ferramenta de impulsão da internet no país. “O bate-papo tinha mais audiência que a home da UOL”, lembra Margot.

No comando do Limão desde a sua criação, em 2007, Ana Lúcia explicou que ele surgiu através do trabalho de “pessoas que um dia fizeram o UOL, a Abril, a Folha" e que foi interessante "ver o Estadão abrindo as portas para a participação do público", já que o jornal sempre foi visto como um grupo conservador, que agora está tentando ganhar “a simpatia do público jovem” e interagir mais com o leitor. O portal, que conta com quase 350 mil pessoas cadastradas, busca levar um conteúdo de relevância, com foco no jornalismo colaborativo, de maneira positiva ao público jovem. A origem do nome Limão não é conhecida nem pelos próprios criadores do projeto, porém, segundo Ana Lúcia, a versão mais aceita se trata de um mix entre a localização do Estadão, situado no bairro do Limão, em São Paulo, e, em meio a empresas estrangeiras como Apple e Orange, a “versão brasileira” das frutas, o Limão, que “é usado para tudo”.



A responsabilidade sobre os comentários que os usuários fazem em notícias e posts de blogs também foi discutida. Fotios lembrou a existência de uma jurisprudência que, em caso de processos judiciais, tanto quem gerou o comentário como quem escreveu a notícia e também a entidade responsável pelo site devem responder pelo ocorrido. Ana Lúcia e Margot já tiveram que testemunhar em casos desse tipo. “A gente encontrou muito juiz pouco disposto a entender o que era [a internet] e achar que ia fazer a vida tirando dinheiro da gente. Teve muita má-fé. E aí você viajava [...] [pra responder] acusações de brigas [...] de meninas de 15 anos, uma falando mal da outra, e a culpa era do UOL", relembra Ana Lúcia. A jornalista disse que esse tipo de conjectura era como "culpar a Bic pelas cartas dos seqüestradores".

Ao final do evento, Ana Lúcia, que foi por três anos coordenadora da Pedal no Brasil, uma organização de jornalistas digitais da América Latina, disse que o grande diferencial da internet feita no Brasil com relação àquela feita nos outros países do continente é o idioma. "Os argentinos fazem uma internet de qualidade, de potencial [...] O México também. E a vantagem deles é que eles falam a mesma língua e isso acabou provocando nesses países uma integração muito maior”, exemplifica a jornalista. A audiência do jornalismo online feito pelos países latino-americanos de língua espanhola é ampliada exatamente porque o mercado consumidor é maior.

Reportagens: Thais Cardoso, Taísa Santana, Mylena Rodrigues, Kátia Kawano e TC Muniz Relvas
Edição: Thais Cardoso e Taísa Santana
Fotos: Marina Brandão
Vídeos: Thiago Luis

Interatividade e participação no jornalismo



O encerramento do 7º Encontro de Jornalismo, na noite de quarta-feira (24), teve como tema o jornalismo participativo. A palestra foi mediada pela professora Camila Escudeiro, da FAJORP, e foram recebidos os seguintes convidados: Ana Lúcia Araújo, do site Limão/Grupo Estado, Margot Pavan, da Abril.com e Ricardo Fotios, gerente geral do UOL e professor da Universidade.

A questão da ação cada vez mais participativa do público nos meios de comunicação, ajudando, opinando e até mesmo corrigindo, foi discutida amplamente pelos palestrantes. No inicio do encontro Margot Pavan falou sobre os princípios do UOL, as salas de bate papo, e o que mais chamava a atenção, que era exatamente a sensação de falar com alguém desconhecido.

Margot, que também é coordenadora de conteúdo do “Second Life”, do IG, comentou sobre o jogo: “é um ambiente virtual onde as pessoas recriam a realidade”.

Ana Lucia Araújo defendeu a identificação dos usuários em fóruns e tomou com exemplo o portal Limão, onde cada usuário tem que obrigatoriamente cadastrar seu CPF antes de participar de discussões. "Se você tem algo realmente relevante para dizer, não tem porque não se identificar",

Fotios negou a idéia de que a participação dos usuários resultará na diminuição do espaço para o jornalista. “Se não houver jornalista não existe jornalismo participativo (...) O público não é inimigo do jornalista, é amigo”, disse. Ainda considerou que “a interação com o público é ótima. Tem sempre uma pauta”.

DIVERSIDADE

Sobre o encontro, Rodolfo Martino, coordenador do curso de jornalismo, considerou que a diversidade de profissionais foi o mais relevante. Teve grande destaque a participação de Paulo Henrique Amorim, “fechando questões e derrubando muro”, conforme pontuou Martino, e do jornalista Laurentino Gomes, que “vendeu mais de 40.000 exemplares [do livro 1808] e que, apesar da experiência, mantém ainda muita expectativa com a profissão”, afirmou o coordenador.

Ao público presente ficou a mensagem de que o jornalista deve ter conteúdo, mas também deve saber ouvir seus leitores e promover a interação, mantendo o “papel de servidor público”, conforme ressaltou Fotios.

Equipe de reportagem: Antonio Galvão, Caio César, Carla Gragnani, Jonathan Alcalá, Marina Schimidt, Renan de Souza e Ricardo Sturk

Jornalismo e interatividade

O encontro levantou questões sobre o papel do jornalista e das ferramentas de interatividade utilizadas hoje na web. Os convidados, Margot Pavan, gerente de mídias digitais da Abril.com, Ana Lúcia Araújo, do site Limão, do Grupo Estado, e o professor da FAJORP (Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Metodista) e gerente-geral do UOL Ricardo Fotios se reuniram no campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo. Camila Escudeiro, também da FAJORP, mediou o evento.

Pavan, atual responsável pelo conteúdo “web 2.0” (de interação com o público e criação de conteúdo pelo usuário) da Abril.com, contou um pouco de sua trajetória profissional e arrancou suspiros do público ao narrar o primeiro contato de sua filha com a enciclopédia virtual Wikipédia. “Com apenas 8 anos, ela virou guardiã de um verbete”, relatou. Apesar disso, considerou o site como “resultado do bem vencendo o mal”, após confessar descrença na fase inicial do projeto. A jornalista é pioneira no uso de serviços desse tipo no Brasil, tendo trabalhado nos portais UOL e iG , além de lecionar na Faculdade Belas Artes.

A primeira iniciativa de interatividade digital via web, no Brasil, veio do Grupo Folha e da Abril, que juntos criaram o UOL – até hoje um dos grandes portais provedores de acesso e conteúdo do País. Pavan contou à platéia, formada em maioria por alunos de jornalismo da própria universidade, que o modelo usado para a criação do UOL foi o site norte-americano America Online. “Passei dias destrinchando o site, com conexão discada, esperando meia hora para abrir cada link”, disse. “A internet acabou expressando o desejo de comunicação de dar voz às pessoas. As tecnologias avançam e nossos desejos de comunicação também”, concluiu.

O Encontro de Jornalismo da FAJORP – UMESP é uma iniciativa anual da Universidade Metodista de São Paulo. A última versão, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de setembro, teve como tema os 200 anos de imprensa no Brasil e contou com grandes nomes da área, como Ricardo Kotscho, Hélio Campos Mello e Laurentino Gomes.

Equipe de reportagem: Leila Leal, Marcelo Melo, Marina Duarte,
Melissa Teófilo, Natália Regazzo, Paula Zanela, Rafael Abraham, Vanessa Elisa

A palavra da platéia

Os jornalistas Ricardo Fotios (UOL), Margot Pavan (Abril.com), Ana Lúcia Araújo (Limão/Estadão) e Camila Escudero (Fajorp), todos envolvidos de alguma maneira com o jornalismo participativo, mote principal do evento.

Ana Lúcia falou sobre sua carreira na Folha de S. Paulo e sobre seu atual projeto, o site “Limão”, que se utiliza muito dos recursos do jornalismo feito por pessoas normais. Conversamos com alguns dos ouvintes da palestra para saber suas opiniões sobre o tema.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Não só no jornalismo participativo em si, mas também no jornalismo da Internet, que precisa evoluir muito em termos de credibilidade e modos de cobertura. É uma coisa muito nova. Acredito que ainda vá mudar muito, e em pouco tempo, se comparado com o modo que é feito hoje. Creio que não vai demorar muito para acontecer grandes mudanças. Dentro do que tem sido feito hoje, ainda é uma cobertura que deixa a desejar. Espero que essa cobertura se especialize um pouco mais para ficar melhor e mais interessante para o usuário.

Você acha justo o site ser processado por uma publicação indevida de um usuário que pode, ou não, se identificar?

Acho interessante o ponto que ela tocou, que deva existir uma mediação. Alguns transtornos para a empresa devem ser evitados, assim como para o usuário do site ou blog. Enfim, o usuário tem que ter um pouco de liberdade para poder expressar o que está querendo dizer. Então, se tiver muita mediação, acaba não se tornando interessante para o usuário. Tem que haver um equilíbrio entre moderador e o usuário.

Leandro Leone, 21, aluno do 6º semestre de jornalismo na UMESP.

Você acha que o Limão consegue juntar o jornalismo formal do Estadão com a interatividade do UOL?

“Acho que o Limão está no caminho certo. O site se esforça, tem um objetivo de atrair um público mais jovem, voltado para esse Jornalismo participativo, que é o tema da palestra de hoje.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Sou leigo no assunto, mas mesmo assim acredito que falta alguma coisa”

Humberto Marçal de Oliveira, 35, administrador de empresas.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

Ainda está no começo, mas acho que vai ficar muito bom. É um meio para as pessoas mostrarem o que elas pensam. Para mostrar o que está acontecendo e que nem sempre é coberto.

Você acha que é importante ser coberto por outros ângulos?

Sim. Não tem como você estar em todo os lugares. E mostra o que é importante para o usuário. Você mostra o que está acontecendo na sua região, por exemplo.

Gabriel Bonis, 19, aluno do 3º semestre de Jornalismo na UMESP.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Acho que tem que ter uma supervisão em cima das publicações, porque qualquer um pode ir e achar que tem o direito de escrever o que quer, e não é bem assim. (Camila Leite de Lima, 20)

E você acha que isso acontece por causa das ferramentas ou dos profissionais?

De nenhum dos dois. Acho que é um pouco de irresponsabilidade das pessoas mesmo, de achar que podem escrever o que quiserem.” (Camila Leite de Lima, 20)

“Acho que como é uma novidade, está todo mundo muito empolgado e ninguém sabe direito como lidar com isso. Nem os usuários, nem os moderadores, mas acho que a tendência é melhorar. Independente de ter alguém moderandp, podando, censurando. As próprias pessoas vão adquirindo uma consciência maior. Há o costume de levarem a vida real para o espaço virtual, então, da mesma forma que na vida real as pessoas sabem que não é legal fazer baderna e xingar, eles fazem isso na web porque é um ambiente novo e, com o passar do tempo, creio os usuários se comportarão normalmente.” (Aline Costa, 21)

Alunas do 4º semestre de Jornalismo na UMESP

Saiba quem são:

Margot Pavan

Margot Pavan nasceu em Santo André (SP), filha única, ainda criança mudou –se para cidade de Riberão Pires.



Bacharel em Filosofia e mestre em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Foi durante a graduação que Margot ganhou de seu pai, engenheiro, seu primeiro computador, motivo pelo qual entrou no núcleo de informática da POLI (USP).



Em 1994, Pavan, foi para o Grupo Folha e no ano de 1995 recebeu o Prêmio Folha no projeto “Folha Informações Esporte” na categoria serviço. Fez parte da equipe que fundou o UOL e gerenciou toda a criação dos produtos interativos do portal entre eles a Sala de Bate Papos, permanecendo até 2005. “É maravilhoso ver que em uma sala de bate papo às pessoas se conhecem e muitas vezes casam e têm filhos é surpreendente”, afirmou Pavan, que confessou já ter recebido até um ultra-som do bebê de um casal, que se conheceu na sala de bate papo.



Liderou ainda a criação dos premiados sites oficiais da XXIII e XXIV Bienais Internacionais de São Paulo.



No portal IG foi responsável pelo conteúdo do ‘‘Second Life’’ (Segunda Vida), universo virtual no qual os usuários para participar criam avatares (personagens) e constroem ambientes e objetos, interagindo com outros membros do mundo 3D.



Atualmente, está na Abril.com gerenciando o desenvolvimento de Mídia Digital e leciona “Hiper Mídia e Interatividade” e "Produção Cultural Online" nos programas de pós-graduação e no curso de Design Gráfico no Centro Universidade Belas Artes de São Paulo.



Quando questionada sobre um possível sonho que gostaria de realizar, a atual gerente contratada da Abril, disse que queria ter mais tempo para ir viajar “gostaria de viajar mais, conhecer a Índia que ainda não conheço. Acho que conhecer outros povos é uma experiência incrível”.



Por ser uma pioneira no quesito jornalismo participativo, Margot Pavan é um exemplo a ser seguido por todos aqueles que admiram ou querem seguir carreira na área, de fala calma e muito clara, Margot cativa por sua simpatia e profissionalismo.



Equipe de reportagem: Juliana Thaís Regueira, Marcio Augusto, Mariana Augusto, Priscila de Sousa, Tabata Dias, Thaís Morrone, Suzi Mayumi



Ana Lúcia Araújo

Ana Lúcia Araújo formou-se em jornalismo pela Umesp (Universidade Metodista de São Paulo) em 1996. Araújo trabalha com jornalismo on-line e internet participativa desde 1999. Já participou do site UOL, integrou a equipe criadora da página Folha Online e hoje atua como editora de conteúdo e home page do Limão, pertencente ao grupo Estado. O portal é o primeiro experimento do Grupo focado no público jovem: “O Limão tenta buscar o público jovem de maneira inusitada. Em outubro faremos um ano e temos cerca de 350 mil pessoas cadastradas”, disse Araújo.

A jornalista ainda colabora com o blog Intermezzo além de possuir dois blogs pessoais, Orkut e Twitter.

As paixões pelo jornalismo digital e pela possibilidade de integrar diversas pessoas em um só lugar fazem com que Ana passe por cima dos milhares de processos recebidos. “Trabalhar com internet ainda é difícil. Se duas meninas de quinze anos brigam por um bate-papo, a culpa também é nossa”.

Ana Lu (seu nickname) esbanja simpatia e uma consciência de que a internet, seu meio preferido de trabalho, é o que há de mais importante para a imprensa de hoje.

Equipe de reportagem: Gabriela Soares, Luana Arrais, Raphael Calles, Larissa Armani



Ricardo Fotios

Ricardo Fotios tem uma trajetória nada convencional no jornalismo. Formado em letras no final da década de 80, diz que gostava mesmo era de escrever. Fotios considera que o jornalismo é que optou por ele, “de repente fui convidado para fazer um free lance do Diário do Grande ABC, não foi uma coisa planejada. Ah! Eu quero ser jornalista, não foi assim. Foi gradativamente. Eu ainda estou aprendendo”, conta.
Então, já inserido no meio jornalístico há mais de 20 anos, Fotios resolve se graduar na profissão, concluindo o curso na Universidade Metodista, em 2006.
O jornalista tem passagem por diversos meios de comunicação. Já atuou em jornais como o Diário do Grande ABC e a Folha de São Paulo, trabalhou como editor-assistente da revista Contigo! , e foi correspondente da Olimpíada de Sydney em 2000 e do Fórum Mundial das Culturas, em Barcelona, no ano de 2004. Atualmente é gerente das estações UOL mail e Bate- papo UOL, gerente de conteúdo dos portais BOL e ZIP e ministra aulas de Jornalismo Online na Universidade Metodista.
Fotios, juntamente com Margot Pavan e Ana Lucia Araújo, convidadas da noite de 24 de setembro para o painel sobre Jornalismo Participativo, fez parte do inicio da Folha Online e do site OUL. Ele comenta que desde os tempos do Diário do Grande ABC, quando implantaram um computador precário na redação, desses que só faziam pesquisas, o interesse por aquele novo equipamento já foi muito grande. Fotios lembra que quando trabalhava na editora Abril passava mais tempo na Internet do que fazendo reportagens.
Sobre a questão da Internet acabar com o jornalismo impresso, o professor comenta: “os meios podem acabar independentemente da Internet. Vamos imaginar um mundo em que não haja Internet e que acabaram as árvores. Não tem papel, então não é a Internet que vai acabar com o impresso, existem outras questões. Eu não acho que uma mídia acaba com a outra.” Para ele a verdadeira convergência se dará através do celular, “o aparelho móvel na minha opinião é uma profecia. Você vai ter Internet, televisão, rádio, vai ler o seu jornal preferido, vai poder falar com as pessoas, vai poder fazer compras. Esse é o aparelho que vai ter a convergência, não é o computador.”
Fotios é a favor da expansão da Internet, seja pelo acesso gratuito, seja pelas melhorias no sistema de banda larga brasileiro, porém defende que o jornalista não pode se sentir prejudicado na formação de conteúdo por causa de nenhuma tecnologia, para ele quem gera a demanda tecnológica são os jornalistas e usuários, jamais o contrário.
Quando perguntado sobre suas ambições no jornalismo, humildemente nos conta: “Eu tive a sorte de fazer muitas coisas muito cedo. Não é exatamente sorte, mas...” Logo se aproxima uma câmera de TV e um microfone, percebemos que o tom de voz do professor muda um pouco: “eu tenho um problema com TV, é só ver um microfone que eu já começo a tremer, as idéias saem da cabeça, dá um branco. Talvez seja essa uma ambição no jornalismo: ter menos medo de microfone e câmera.”
De fotos Fotios não tem medo, porém é difícil conseguir um momento em que ele fique parado, isso retrata um pouco a sua personalidade agitada e “plugada” a todos os movimentos ao seu redor.
Escrito por: Amanda Name, Juliana Amaral, Julio Rodrigues, Raquel de Carvalho, Rafael Gaspar, Suellen Smosinski e Wendell Dias.



sábado, 27 de setembro de 2008

Alunos elogiam transmissão de programa

Na última quinta, o programa Globo Esportivo, da Rádio Globo de São Paulo, apresentado por Oscar Ulysses, foi transmitido do pátio da Universidade Metodista no campus Rudge Ramos em São Bernardo do Campo.
O evento foi realizado em frente ao prédio Delta e contou com a participação dos alunos que interagiram com os profissionais. O programa teve início às 18h e terminou aproximadamente às 20h.

Os alunos acompanharam toda a transmissão. “É importante e interessante eles terem vindo até aqui, pois não é todo programa que faz isso.”, disse Rikardy George Tooge, estudante do segundo semestre de jornalismo da Universidade.

Outros alunos entrevistados citaram a colaboração profissional-aluno. “Gostei muito do programa, achei dinâmico e teve uma boa interação com os estudantes. É uma boa experiência”. Respondeu Raphaela Bacic, aluna do segundo semestre de jornalismo.

Quando questionados sobre Oscar Ulysses e os comentaristas do programa, inclusive o ex-jogador de futebol Caio, todos foram unânimes em falar que eles entendem muito sobre o assunto.

Texto
Alunos do segundo semestre de Jornalismo da UMESP - Noturno

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Profissionais da web discutem características do jornalismo online

Cuca F romer, gerente de projetos editoriais do Portal Terra Brasil, participou hoje do Painel de Desafios do Jornalismo Online, no 7º Encontro de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.

Ricardo Fotios, mediador da palestra, deixou clara a importância da internet com uma simples pergunta ao auditório: “Quem se informa prioritariamente pela internet?”. A maioria dos presentes se pronunciou.

Ao lado de Fromer, Rodrigo Flores, gerente geral de notícias do UOL, listou os maiores desafios da internet: interatividade, multimídia e edição. Para ele, quem define até onde vai a importância da notícia é o leitor. “A internet é infinita, mas a paciência do leitor é finita.”

Segundo Cuca, o jornalista deve ser multimídia e sua meta não é apenas conhecer os recursos, mas saber quando utilizá-los, dependendo do contexto da informação. “O que determina a forma é o conteúdo, não o contrário”, completou Flores.

Os palestrantes foram firmes ao defender o “jornalismo cidadão”. “As pessoas enxergam uma ligação que não existe”, disse Fromer ao explicar que a participação do leitor nos veículos não substitui o jornalista.

Questionada, após o evento, sobre o futuro do webjornalismo, respondeu com emoção: “Eu vejo vocês sentando no meu lugar, indo atrás de fontes, procurando sempre apurar informações, ‘fuçando’, entendendo melhor a internet e, acima de tudo, buscando de todo jeito fazer um jornalismo de qualidade”.

Clara de Moraes Hamasaki, Juliana Butolo Dutra, Lucas Thomaz de Agrella, Lucas Vinícius Biffi de Campos, Rafael Silva dos Santos, Shayane Agata da Rocha Servilha e Vinicius França de Souza Álvares Barreiras

Desafios do web jornalismo

O público que assistiu às palestras na manhã da última quarta-feira, 24, na Universidade Metodista foi composto por estudantes e professores de comunicação, sendo na maioria do curso de jornalismo. Os alunos consideraram o evento importante para esclarecer dúvidas sobre o web jornalismo. O painel debateu os desafios do jornalismo online e proporcionou uma conjetura mais nítida sobre o tema.

Claudia Cordeiro Rocha, 19, disse que a palestra esclareceu o funcionamento de uma redação para o jornalismo online. A aluna do 2º semestre de jornalismo ressaltou o preconceito que há em relação ao jornalismo praticado na Internet. Segundo ela, as perguntas da platéia foram repetitivas, isso impossibilitou o desenvolvimento dos temas.
Mariana Espósito, 20, estudante do 3º semestre de jornalismo, citou que os pontos mais interessantes do evento foram as discussões sobre a oportunidade que a internet oferece na parte de inovação e criatividade.

Thaís Mattos, 20, aluna do 4° semestre de Relações Públicas, contou que a palestra esclareceu uma dúvida de todos os profissionais de sua área, que é o uso do texto jornalístico e a interação com as diversas mídias na produção de materiais institucionais. Destacou o momento em que Rodrigo Flores, gerente de notícias do portal UOL, comentou que o jornalismo não deixa de ser jornalismo por ser online.

Para Cynthia Tavares, 17, 2º semestre de jornalismo, que já trabalha com o formato online, a palestra serviu principalmente para aumentar seus conhecimentos em relação a esta mídia. Disse que gostou muito de conhecer os palestrantes. "É muito bom ouvir dois dos maiores profissionais de multimídia no Brasil contando qual o perfil de jornalistas que os portais contratam", afirma Cynthia.

Juliana Omena, 21, estudante do 7º semestre de jornalismo, disse que uma das coisas que mais gostou na palestra foi que o tema "jornalismo participativo" foi muito bem explorado pelos dois jornalistas. "Se você pensar, é impossível falar de jornalismo digital no Brasil e descartar a importância das redes sociais...", comentou Juliana.



Reportagem e texto: Anderson Figo, Fabrício Cortinove, Lidia Wenhryniwskyj, Monique Abrantes, Nívia de Souza, Patrícia Macedo, Renan Vieira, Richard Pereira, Tatiana Brandão.
Fotografia: Álvaro Perazzoli e Tiago Silva.

Entrevista com Rodrigo Flores

Como você explica que uma empresa como a America Online (AOL) declara falência no Brasil, já que nos Estados Unidos ela tem uma forte atuação?

Flores - America Online tem uma maneira de negócio muito diferente do nosso. Mas ela nunca foi maior do que o UOL aqui no Brasil, no máximo foi 4º lugar no ranking do Ibope. Nós nunca deixamos de ser os primeiros. Eu a vejo como uma que empresa que entrou com arrogância, chegou achando que ia usar suas fórmulas americanas num consolidado mercado brasileiro, nos subestimou e se deu mal.


Você está na UOL há quase 10 anos, num cargo alto e é jovem. Existe a vontade e a possibilidade de se trabalhar em algum outro veículo?


Flores - Acho que a vida nos reserva surpresas, um belo dia pode aparecer uma oportunidade ou posso receber um convite para deixar a companhia. Penso em fazer meu trabalho, mas, claro, sou jornalista, me considero apto a mudar de mídia e fazer qualquer outra coisa em qualquer outro lugar desde que relacionado à profissão.


Quais são as desvantagens do jornalismo online?


Flores - Pela velocidade, a gente pública coisas que ainda não estão devidamente amadurecidas. A gente acaba sacrificando na qualidade pelo menos no primeiro momento, é o ponto negativo.


Reportagem: Álvaro Perazzoli, Fabrício Cortinove, Lídia Wenhryniwskyj, Monique Mariana, Nivia Corrêa de Souza, Patrícia Macedo, Renan Vieira, Richard Pereira, Tatiana Brandão.Texto: Anderson Figo, Monique Mariana, Nivia de Souza, Tatiana Brandão e Renan Vieira.Fotos: Álvaro Perazzoli e Tiago Silva.

Jornalismo online também é jornalismo

Rodrigo Flores, gerente geral de notícias da UOL, Cuca Fromer, gerente de projetos editoriais do portal Terra e Ricardo Fotios, professor da Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas, participaram, na manhã desta quarta-feira, 24, do último dia do 7º Encontro de Jornalismo Metodista. Os participantes debateram o tema Desafios do Jornalismo Online e proporcionaram ao público uma reflexão mais profunda sobre o tema.

O evento teve como intenção mostrar aos futuros profissionais um panorama atual da mídia digital, seus efeitos na sociedade e o que está sendo feito para melhorar a corrida existente por informações em tempo real.

Flores destacou a importância da flexibilidade do jornalista em relação as mídias existentes, reforçando que não é porque a informação está online que ela deixa de ser jornalismo. Lembrou também da importância de se obedecer a um dos princípios básicos da profissão: checar todos os lados de uma informação.

O jornalista ressaltou a importância dos vários mecanismos existentes hoje na internet para comportar o fluxo de informações. “Se juntássemos o UOL, Terra e outros portais eles não seriam a metade do que o Orkut (maior site de relacionamentos no Brasil) representa na internet brasileira.” E ainda brincou com a popularidade que o Orkut possui: “funciona como RG: todo brasileiro tem que ter email e Orkut”.

Segundo Flores, a internet é um instrumento para ampliação da participação popular em relação à informação. Ressaltou que a participação do público na notícia é feita desde sempre, porém a responsabilidade do apertar e publicar é exclusiva ao jornalista. Ao ser questionado a respeito dos erros nas informações publicadas, Flores foi objetivo ao dizer que qualquer um pode errar independente da mídia e formato usados, até mesmo sendo um especialista no assunto. Sobre os podcasts, o jornalista admite a importância da portabilidade da informação, do recurso de baixar o arquivo e poder ouvir em qualquer lugar. Por outro lado, ressalta que os podcasts não dão audiência.

Finalizando a palestra, o aluno do 2º semestre de jornalismo Johnny Gonçalves Silva, perguntou sobre a questão financeira dentro do jornalismo online. Flores comentou que é um ótimo negócio para os profissionais do ramo, pois criou novos empregos que antes não existiam. O negócio também é lucrativo para a empresa, pois a publicidade na internet cresce a cada dia, já passando a publicidade feita no rádio e quase ultrapassando a da TV a cabo.


Reportagem: Álvaro Perazzoli, Fabrício Cortinove, Lídia Wenhryniwskyj, Monique Mariana, Nivia Corrêa de Souza, Patrícia Macedo, Renan Vieira, Richard Pereira, Tatiana Brandão.
Texto: Anderson Figo, Monique Mariana, Nivia de Souza, Tatiana Brandão e Renan Vieira.
Fotos: Álvaro Perazzoli e Tiago Silva.

Alunos comentam sobre liberdade de imprensa


A Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas (FAJORP) realizou no dia 22 de setembro a 4ª Semana de Jornalismo, na Universidade Metodista de São Paulo, sob o tema “200 anos de Imprensa no Brasil”. O primeiro dia do evento contou com a presença dos jornalistas: Laurentino Gomes - autor do livro “1808”, Eduardo Barão, da Rádio Band News FM e o professor Paulo Ramos (da Metodista).

O “Painel: 1808 Ano em que a Imprensa chegou ao Brasil” abordou o papel do jornalista nos últimos 200 anos. Discutiu a liberdade de imprensa, a transparência no cenário atual, a evolução dos jornais regionais e a revolução das idéias que eram reprimidas pela censura.

A estudante de jornalismo da Universidade Lívia de Melo, 20, assistiu ao painel. Ela disse acreditar que a evolução da imprensa nas últimas décadas é positiva, e hoje as pessoas têm acesso às mais variadas informações o que causa até dificuldade diante da diversidade de mídias.

Para Tamara Gaspar, 23, também aluna do curso de Jornalismo, a liberdade da imprensa depende do setor econômico. “Geralmente ela fica refém da economia ou do leitor e mesmo que um dia ela alcance a sua totalidade, será possível questionar se essa liberdade terá uma boa qualidade”.

Outra aluna do curso, Tatiana Pedros, 18, comparou a imprensa nacional com a estrangeira. “Se compararmos a imprensa brasileira com a imprensa do exterior, percebemos que existe a falta de transparência e os meios não expressam com clareza as suas opiniões”.

Texto
Angélica Boscariol, Elaine Cristina Alves dos Santos, Fernanda Vendramini, Francisca Rônia Barbosa e Nádia Cordeiro Machado

Hélio Campos Mello participa de painel sobre reportagem


Na noite desta terça-feira, 23, a Universidade Metodista de São Paulo trouxe para o 4° Encontro de Jornalismo dois grandes nomes da área: Ricardo Kotscho e Hélio Campos Mello. O tema do painel foi “Reportagem X Informação em tempo real”.

O jornalista e fotógrafo Hélio Campos Mello descreveu o interesse pela profissão como uma forma de se aventurar e ainda falou sobre sua experiência de ser correspondente de guerra. “Eu achava uma coisa emocionante. Queria ir para o Vietnã”. Hélio cobriu a invasão americana ao Panamá e a Guerra do Golfo. Ele contou ainda que quando foi para a Guerra do Golfo sua mala pesava 75 quilos, sendo quase tudo equipamento de trabalho. No Encontro, destacou: “Hoje com a tecnologia tudo mudou. Com um notebook, uma câmera e um celular é possível fazer uma cobertura”.

Atualmente, diretor responsável da revista Brasileiros, ele contou ainda que trabalhou em diversos veículos de comunicação, entre eles as revistas Veja e IstoÉ, na qual permaneceu por 12 anos. Ele também trabalhou ao lado de Mino Carta. “Ele é um cara de personalidade forte. Aprendi muito com ele”.

Sobre a Brasileiros, o convidado explicou que a publicação respeita a linguagem do repórter e foge do eixo Rio - São Paulo - Brasília. De acordo com ele, o veículo valoriza as boas notícias do país “com mais espaço para textos e fotos e destaque para o trabalho da dupla repórter-fotógrafo”.

Perguntado por uma aluna presente no Encontro sobre a alienação do jovem brasileiro comentada pela mídia, Hélio Campos Melo declarou que não concorda com a suposição, que apenas acredita que os mais novos “têm suas queixas, mas vivem a época deles”.

Um assunto muito abordado foi a questão do exercício da profissão de repórter por não-diplomados. Mello disse acreditar na “méritocracia”. “Se o cara é bom ele deve escrever.” Ele falou também que só um diploma não basta, que o jornalista deve ter, além de diploma, talento.

Texto
Bruna Conde, Alinne Coviello, Camila Monroe, Bruna Cortez e Maressa Fernandes

Oscar Ulisses aprova Globo Esportivo dentro da Universidade


O programa Globo Esportivo, da Rádio Globo, foi transmitido ao vivo direto da Universidade Metodista, nesta terça-feira. A atividade fez parte do Encontro de Jornalismo, que vem sendo realizado desde a última segunda-feira, no campus Rudge Ramos.

Entre os integrantes da equipe do programa, estava presente Oscar Ulisses, narrador titular das partidas de futebol em São Paulo e responsável pelas transmissões de corrida de Fórmula 1. Além de apresentar a atração, ele conversou com alunos e aprovou a iniciativa de trazer o programa para dentro da Universidade. “É legal para os estudantes ter esse contato”, disse.

Ele também falou do papel da mulher no jornalismo esportivo. Segundo ele, “atualmente o anormal são elas não participarem do jornalismo esportivo”. Além disso, ele destacou como é o trabalho nesta área. “Em outras atividades você não pode fazer isso, especulação, projeção, exercício de adivinhar o que vai acontecer, mas o futebol permite.” Neste sentido, Ulisses tranqüilizou os santistas quanto à atuação do clube no Campeonato Brasileiro. “Os santistas podem ficar otimistas porque o time não cai.

Clique aqui para fazer o download da entrevista (necessário Real Player)


Texto
Fábio Martins de Souza, Gabriel Failde Gallo, Gustavo Zucchi, Jonathan Cezar, Tauane Guimarães

Alunos participam de debate e aprovam painel


A presença de Ricardo Kotscho e Helio Campos de Mello, ambos da Revista Brasileiros, e o tema da grande reportagem agradaram os estudantes de jornalismo na segunda noite do 4º Encontro de Jornalismo da Universidade Metodista, nesta terça-feira (23). Com o auditório Sigma lotado, os convidados debateram sobre o jornalismo atual, comparando com suas experiências na profissão e suas respectivas visões sobre as novas mídias.

O estudante de Jornalismo Rafael Rocha, do 4º semestre, disse que é muito interessante ouvir histórias do Kotscho. Segundo ele, esses depoimentos acrescentam uma bagagem a mais para quem quer ser jornalista e para ter em quem se espelhar.

Já para o aluno Rafael de Oliveira, também do 4° semestre, o contraponto de dois jornalistas diferentes foi uma boa sacada do painel. “Achei interessante ter opiniões de duas pessoas experientes na profissão”. O estudante também gostou da iniciativa da revista Brasileiros. “A revista resgata um estilo diferenciado e agradável de ler” disse.

A estudante Mariana Fulep, do 6º semestre de Jornalismo, ressaltou a atenção dada pelos palestrantes respondendo bem quase todas as perguntas, porém reclamou que os entrevistados não responderam se os blogs resgatam o jornalismo de autor.

A avaliação do coordenador do curso de Jornalismo, Rodolfo Martino também foi positiva. Segundo ele, houve uma participação efetiva dos alunos no evento e que os debates são importantes para que eles passem a se entender como jornalistas.

Texto
Daniel Mori, Gustavo Gravena, Anna Maria Fischer e Eloísa Elena

Painel reúne jornalistas da revista 'Brasileiros'


O jornalista Ricardo Kotscho participou da segunda noite do 4° Encontro de Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo, nesta última terça (23). O evento tem como tema os 200 Anos de Imprensa no Brasil e jornalistas foram convidados a participar dando palestras sobre a profissão.

Na Universidade, Kotscho afirmou não existir neutralidade jornalística nos grandes meios de comunicação de massa. “O ser humano não é neutro. O que você tem que ser é honesto”, afirmou. Quando questionado sobre qual atividade era mais satisfatória, a assessoria de imprensa ou a profissão de repórter, Kotscho declarou que sua verdadeira vocação é fazer reportagens.

Atualmente, o jornalista trabalha na Revista Brasileiros, junto com Hélio Campos Mello, que também esteve presente na palestra desta terça. A revista tem tiragem mensal e já esta na 14ª edição. “Não temos público alvo específico. Tratamos de reportagens variadas”, disse Kotscho.

Durante a palestra, Ricardo Kotscho discutiu temas como a influência dos blogs no jornalismo atual, o contexto da ditadura militar e sua interferência no quadro jornalístico da época.

Ricardo Kotscho é um dos mais influentes jornalistas brasileiros. Ganhou quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo e trabalhou em diversos veículos, como a Folha de São Paulo, O Estadão, SBT, Gazeta, TV Bandeirantes, entre outros. Em 2003, assumiu a Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência no governo Lula.

Texto
Alex Lourenço, Ana Carolina Dellabarba, Daiana Cheis e Diego Guimarães

Kotscho debate futuro da reportagem e blogs


A Universidade Metodista promoveu nesta terça-feira (23) um debate sobre os 200 anos de Imprensa no Brasil. Entre os convidados, estavam Ricardo kotscho, que abriu o tema da discussão: Reportagem X Informação em Tempo Real.

Durante a palestra, Kotscho foi questionado sobre a lei da obrigatoriedade do diploma. “Essa lei já mudou diversas vezes; Eu sou a favor das escolas de jornalismo, mas só a escola não forma um jornalista”.

No decorrer do debate, o convidado afirmou que a reportagem andou perigando, mas continua viva. Ele disse também que a mídia atualmente cobre o poder dos gabinetes. “A mídia está uma mesmice. Só fala de desgraças, violência e corrupção”.


Ao ser questionado sobre as mudanças na imprensa após o fim da ditadura militar, o jornalista declarou que hoje se a censura voltasse, não teria muito que cortar. “É claro que é melhor trabalhar com liberdade e democracia. Eu não sei se o jornalismo de hoje é melhor que o da ditadura, pois hoje é prato feito, as denúncias chegam prontas à redação, algo que eu acho preguiçoso”.

Atualmente Ricardo kotscho possui um blog chamado “O balaio do kotscho”, no qual escreve diariamente sobre temas diversos. “A imprensa está muito diversificada, existe de tudo no blog, inclusive ótimos jornalistas. O blog abriu espaço pra milhares de pessoas escreverem”, afirmou.

Kotscho encerrou o debate dizendo que não é o cargo que faz a função, e sim a função que faz um cargo e destacou a importância da ética no jornalismo. “A ética do jornalista é a mesma de qualquer profissão”.

Texto
Thays Lind, Karina Salviano, Lizandra Pavan, Juliana Pinto e Gislene Oliveira

Eduardo Barão fala de radiojornalismo e carreira


O chefe de redação da rádio Band News, Eduardo Barão, esteve na última segunda-feira (22) na Universidade Metodista de São Paulo para participar do evento dos 200 anos de imprensa no Brasil. Barão falou sobre sua trajetória no radiojornalismo e discutiu temas relacionados à profissão e à carreira jornalística.

Nos momentos iniciais, ele falou sobre sua inclusão no mercado de trabalho quando foi chamado para atuar na rádio Jovem Pan. Comentou que além de bom profissional, em determinado momento é preciso sorte para se dar bem na carreira.

As principais características de um bom jornalista, segundo ele, são: escrever bem, saber inglês que é essencial, conhecer bem o veículo que trabalha, mostrar iniciativa e ter paciência no começo da carreira. “É preciso um pouquinho de paciência na hora de dar um passo. Tem que mostrar serviço, ser dedicado. Se pedirem para fazer `x`, faça duas vezes `x`”, disse ele em relação ao recém formado.

Sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista, tema surgido em determinado momento do debate, Barão disse: “Não tenho problemas em trabalhar com não jornalistas, diploma não garante nada”.

O jornalista contou ainda que é apaixonado por rádio e criticou a rádio pirata. De acordo com ele, esse tipo de mídia ilegal é perigoso para a sociedade em vários aspectos. Barão explica que apesar da abrangência, a freqüência das rádios pirateados interfere na rota dos vôos na cidade, na freqüência usada pela polícia. “Traz mais problemas do que benefícios”.

Texto
Marília Alves, Maurício Feitosa, Rafael dos Santos e Silvia Cunha

Para saber mais sobre:

LIVROS

A China Explicada Para Brasileiros, Wong K. Shin.
Leandro leu após receber a notícia de que seria um dos enviados da CBN à Pequim.
No livro, o autor explica e analisa todos os aspectos do país mais populoso do mundo, desde a cultura até negócios. A obra analisa arduamente as influências que o mercado chinês traz a economia brasileira, além de ajudar na ambientação dos brasileiros que precisam viver nesse diferente país.

1961: Que as Armas Não Falam, Paulo Markun e Duda Hamilton
O livro trata da tentativa de golpe militar por parte de Jânio Quadros. Já desprestigiado no poder, Jânio tenta uma manobra arriscada que não tem sucesso. Durante a visita a China de seu vice João Goulart, conhecido como um esquerdista que sofria a desconfiança de ser um comunista, Jânio renunciou na esperança de que os militares o apoiassem.

Jornalismo Esportivo, Paulo Vinícius Coelho
O jornalista Paulo Vinícius Coelho, em seu livro “Jornalismo Esportivo”, comenta sobre as diversas faces desse segmento que atrai a tantos jovens jornalistas. Ele trata de temas como o preconceito, paixão e dificuldades da carreira, a inserção da mulher nesse cenário e a participação nos diversos meios.

A notícia deve ser sempre prioridade, visto que há a necessidade de uma atuação mais profissional, baseada em: esforço, independência, imparcialidade e criatividade. “Jornalismo Esportivo” é um excelente manual para orientar os apaixonados no caminho do bom jornalismo.

Manual do Jornalismo Esportivo, Heródoto Barbeiro e Patrícia Rangel
Escrito por Heródoto Barbeiro e Patrícia Rangel, este manual aborda temas específicos do jornalismo esportivo. Técnicas para uma boa execução são apresentadas, além de trazer leis desportivas, termos diversos que podem facilitar a atuação de jornalistas especializados e, ainda, uma sugestão de um novo modelo esportivo. É indicado para estudantes, professores, e também a para profissionais da área.

BLOGS

Blog do Birner - http://blogdobirner.net/
Indicado por Leandro Mota, o blog do jornalista esportivo Vitor Birner aborda, única e exclusivamente, o futebol. Além de comentar os jogos e seus desdobramentos, também discute os principais acontecimentos envolvendo os bastidores do esporte mais popular do Brasil.
Em seus posts, Birner informa o internauta sobre os fatos do meio esportivo, e paralelamente expressa suas opiniões. Em textos curtos e objetivos, o jornalista não costuma utilizar imagem.

Bastidores olímpicos - http://www.bastidoresolimpicos.globolog.com.br/
Produzido pela equipe de jornalistas da radio CBN, o blog destaca as curiosidades e situações inusitadas que envolveram a cobertura olímpica. Utilizando-se de uma linguagem despojada, os redatores narram fatos corriqueiros e engraçados pelos quais passaram durante a sua estadia na China. Também vale comentar a extensa utilização de imagens e disponibilização de arquivos multimídia como áudios e vídeos produzidos por eles mesmos.

Blog do André Kfouri -http://www.lancenet.com.br/blogs_colunistas/akfouri/
O blog do jornalista esportivo André Kfouri, indicado por Leandro Mota, se caracteriza pela mescla de informação e opinião em seus posts, a maioria deles relacionados ao mundo esportivo. Após o término de toda rodada do Campeonato Brasileiro, André faz comentários objetivos sobre os jogos. Entre Kfouri e os internautas existe um espaço de debate, no qual, ele responde questões e justifica ausências. O jornalista não utiliza o recurso de fotos e imagens.

Blog do Juca Kfouri - http://blogdojuca.blog.uol.com.br/
Leandro Mota, que trabalha ao lado de Juca Kfouri na rádio CBN, indicou o blog de seu colega. Juca opina sobre a rodada dos Campeonatos, comentando os jogos. Em alguns assuntos, Kfouri utiliza charges pra expressar sua opinião. Fala também sobre acontecimentos na sociedade brasileira. Para complementar seu trabalho, ele publica textos de leitores contribuintes.

http://www.oplanob.com.br/item/plim-plim-novo-livro-de-paulo-henrique-amorim
O livro “Plim-Plim, a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”, escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e Maria Helena Passos, fala sobre a fraude eleitoral para eleger o presidente Collor. O livro revela que a mesma Rede Globo responsável pela campanha fraudulenta para eleger Collor foi também a responsável pelo início do movimento dos “caras pintadas” para a renúncia do presidente. Essa não foi a única fraude eleitoral na qual a emissora de Roberto Marinho se envolveu. O livro denuncia também as irregularidades na eleição do governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola.

http://plogdopaulohenrique.zip.net/
Neste blog Paulo Henrique Amorim comenta sobre a manipulação da notícia pela rede Globo de televisão. Expondo a sua opinião sobre o livro “Jornal Nacional – A notícia faz história” (livro lançado para comemorar os 35 anos do Jornal Nacional), o jornalista afirma que o livro não faz jus ao editor da rede de televisão, Roberto Marinho, que não é citado em fatos cuja sua participação desenvolveu papel decisivo. Como no caso da edição do debate entre Lula e Collor na véspera do segundo turno das eleições de 1989. O debate fora exibido pela Rede Globo de forma a apresentar o candidato Collor como o mais preparado para assumir o poder, e, em contrapartida, mostrar Lula despreparado para assumir o cargo. Roberto Marinho era o único que podia autorizar esse feito, porém sua participação não é mencionada no livro. O blog comenta, também, sobre as eleições para governador do Rio de Janeiro, em 1982, citando as fraudes cometidas nas eleições para eleger Brizola. Amorim deixa clara sua opinião sobre a forma com que a Rede Globo de televisão trabalha a notícia manipulando-a conforme o interesse da emissora.

SITES

Lance! - http://www.lancenet.com.br/
O site do jornal esportivo Lance! destaca-se pela interatividade e a disponibilização de arquivos multimídias, como vídeos e sonoras presentes na página inicial. O visual chama a atenção dos internautas pelas cores vivas e a disposição dos conteúdos bem distribuídos na página. Os colunistas também têm destaque na página inicial.

Globo Esporte - http://www.globoesporte.globo.com/
O site sobre esportes da Rede Globo abrange notícias sobre inúmeras modalidades esportivas. Por fazer parte do Grupo Globo, tem direito sobre imagens e vídeos do Campeonato Brasileiro, o que permite uma navegação multimídia e interativa.

Gazeta Esportiva - http://www.gazetaesportiva.net/
Remanescente do antigo jornal diário Gazeta Esportiva, o portal apresenta notícias sobre os grandes clubes do Brasil. Não possui uma quantidade satisfatória de imagens, além de deixar a desejar na cobertura de outras modalidades esportivas. Conta com a colaboração dos profissionais da Rede Gazeta e também de estudantes de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero.

ESPN - http://www.espn.com.br/
Com um design inovador, que facilita a navegação, o novo site da ESPN traz informações sobre as diversas áreas do mundo esportivo. Tabelas, vídeos e fotos dinamizam a leitura. Há blogs com comentários dos colunistas e apresentadores. É possível também conferir a programação do canal.

CBN - http://cbn.globoradio.globo.com/cbn/home/index.asp
No site da Rádio CBN, materiais em podcasts são disponibilizados sobre diversas editorias, apresentados através de título resumidos e interessantes. Não há utilização de notícias em texto, nem imagens. É possível acessar séries especiais, grandes coberturas e selecionar matérias segundo o seu autor.

http://portalimprensa.uol.com.br/colunistas/colunas/2008/02/20/imprensa148.shtml
Paulo Henrique Amorim é conhecido pela sua postura esquerdista, por defender o governo, ir contra o PIG (Partido da Imprensa Golpista) e por suas críticas à Rede Globo. O Portal Imprensa comenta a matéria produzida por Amorim, na qual a advogada da Igreja Universal do Reino de Deus afirma que a jornalista Elvira Lobato, da Folha de S. Paulo, que produziu uma reportagem que “despertou a ira de Edir Macedo”, poderia ser condenada de três a seis meses de prisão. Essa matéria é caracterizada pelo site como um clássico do “jornalismo marrom”, o que levanta uma questão: O que poderia ter motivado o jornalista a fazer tal reportagem?

http://www.museudatv.com.br/biografias/Paulo%20Henrique%20Amorim.htm
“Paulo Henrique Amorim, jornalista muitas vezes temido na mídia brasileira”. É assim definido pelo site Pró - TV – Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Tv Brasil, site no qual é encontrada a biografia profissional do jornalista.

http://www.rederecord.com.br/programas/domingoespetacular/interna.asp?c=9
Analisando o site do seu programa atual, Domingo Espetacular, podemos observar um simples perfil do apresentador Paulo Henrique Amorim. No site ainda encontramos uma breve biografia: por onde Amorim começou sua carreira como jornalista, livros que escreveu e programas nos quais já trabalhou na Rede Record.

http://www.recordnewstv.com.br/home.asp
Paulo Henrique Amorim, além de ser apresentador do Domingo Espetacular, trabalha as terças feiras apresentando o programa entrevista Record atualidade, no Record News. Ao analisar o site podemos observar que, como apresentador Amorim trata sobre os temas que estão em maior questão no momento, desde o problema do trânsito nas grandes cidades, à regulamentação das células-tronco.

Saiba quem são:

Leandro Mota

Com a carreira escolhida na fila do vestibular, o jornalista Leandro Mota Lima dos Santos teve sua maior experiência profissional neste ano: cobrir as Olimpíadas de Pequim. Com apenas 24 anos, ele foi um dos cinco escolhidos pela Rádio CBN para cobrir o grande evento.

Leandro se formou em 2005, pela Universidade Metodista de São Paulo. No Ensino Médio, estava em dúvida entre Jornalismo e Publicidade. "A idéia de Jornalismo veio no 2º colegial quando ainda estava na dúvida. Sabia que era na área de humanas, só não sabia o que ao certo. Acabei optando pelo o que mais gostava não levando em conta a parte financeira".

No último ano de faculdade, participou de um processo seletivo para a TV Globo e a Rádio CBN, junto com muitos de seus colegas de classe. Na primeira fase havia 12 vagas para 600 candidatos. Desses doze, apenas três ficaram. Quanto ao resultado, Leandro diz: "Fiz o processo seletivo super desencanado, surpreendentemente passei. Não tinha pretensões de entrar em um estágio para ganhar 300, 400 reais".

Mota está na CBN desde 2005, quando começou como estagiário. Em 2006, era trainee. Foi efetivado como repórter em 2007, mesmo ano em que foi escalado para cobrir os Jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro. Hoje, atua na área de esportes, a qual sempre se interessou. É um dos ‘folguistas’ (faz a folga do setorista) e costuma cobrir o programa do Juca Kfouri, além de fazer transmissões de jogos ao vivo, reportagens especiais, e também produção de jornadas e reportagens de outros esportes.

Apesar de amar o que faz, o jornalista não tem certeza sobre seus próximos passos. "Não tem coisa mais legal do que entrar ao vivo, mas, financeiramente, o jornalismo não tem o retorno esperado. Vejo que escolhi a profissão certa, mas tenho dúvidas quanto ao futuro, não quero chegar aos 30 anos ganhando o que eu ganho hoje".

Para não viver só do jornalismo, o jovem pensa em fazer alguma especialização ou até mesmo outra faculdade, entre elas Direito, História ou Sociologia do Esporte. Apaixonado pelo o que faz, Mota afirma: "Se eu pudesse escolher, trabalharia em rádio sempre".

Camila Marconato

Trabalha no Globo Rural, onde atua como produtora, repórter e editora. Menina da cidade, nunca pensou em lidar com os temas rurais. Nascida em São Bernardo do Campo, criada em Mauá e atualmente moradora de São Paulo, nem tinha assistido ao programa até ser estagiária por 15 dias. Camila conta: "Sempre gostei de jornalismo de boa qualidade e isso tem lá, como em poucos lugares por onde passei. Foi um caso de amor à primeira vista. Cresci como jornalista e como ser-humano, é um ambiente de reflexão e aprendizado constantes".

Ex-aluna da Universidade Metodista de São Paulo se formou em 2003. Sempre gostou de ler, escrever e conversar. Desde cedo, optou pelo jornalismo. No começo, queria exercer a profissão porque gostava muito de futebol e achava que esse seria o único jeito de trabalhar com o assunto, "mas antes ainda da adolescência isso passou, e ficou o desejo de permanecer na profissão".

Camila, já trabalhou como professora de inglês durante três anos de sua vida, depois como estagiária do Diário do grande ABC Online e da TV Globo. Quando se formou, foi efetivada na emissora, trabalhando alguns meses na produção do jornalismo local até que fosse contratada para trabalhar no Globo Rural.

A jornalista afirma comprar as pautas de reportagem de verdade, se aprofunda e admite ter uma "quedinha" pelas matérias mais humanas, sociais, cheias de bons personagens. Diz ainda, que no programa são os próprios repórteres que produzem e editam suas matérias. Como é a repórter caçula, também ajuda a produzir matérias de outros repórteres e cobre algumas férias no Globo Rural Diário. Três de suas reportagens lhe marcaram mais: a série sobre o tropeirismo (que virou até DVD e livro), a geração de renda no sertão usando a palma forrageira e a reportagem sobre o analfabetismo no campo.

Trabalhando no programa da emissora Globo, Camila conta que já passou por diversas situações inusitadas, como pegar carrapato, atolar o carro, sofrer intoxicações alimentares. "No meio da Amazônia já sofremos até ataques de ratos, que detonaram nossa comida", confessou.

Desde que entrou na profissão nunca parou de trabalhar na área. O que mais gosta no jornalismo é o fato de nunca se desfazer do que produz, "Quem fabrica um carro, vende e fica sem ele. Nós, ao contrário, vendemos algo que sempre fica conosco, vendemos notícia, conhecimento. Sempre ganhamos. Isso nos enriquece a todo tempo, sem contar que, por meio dessa profissão, tenho a chance de conhecer pessoas, lugares e realidades que nunca nem imaginei".

Teve vários mestres no Globo Rural, mas sempre tem a sensação de não saber nada. "Hoje, queria ser repórter como Carlos Dorneles, por exemplo, editar como Lucas Bataglin ou Nélson Araújo, ter os conhecimentos de Benedito Cavechini ou Gabriel Romeiro, ter o texto do José Hamilton Ribeiro... E isso só pra citar as pessoas que trabalharam ou trabalham comigo." Camila fala que a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho é arrumar o primeiro estágio por não ter experiência nenhuma.

E ainda deixa uma dica para os futuros jornalistas, "Leia, leia, leia. Quem não lê, não escreve. Mantenha-se muito informado, isso é fundamental para entrar no mercado de trabalho".

Ana Caroline Castro

Ana Caroline Castro, 28 anos, nascida em Londrina, é jornalista e começou sua carreira em 1999. No segundo ano de faculdade começou como estagiária na Revista Época, depois teve uma passagem pelo Diário do Grande ABC e atualmente é produtora do Globo Rural.

Ana relata que antes de prestar vestibular não sabia qual carreira seguir. Segundo a jornalista, ela ficou em dúvida entre Direito, Sociologia e Jornalismo. Ela prestou vestibular para Jornalismo e Direito, mas resolveu seguir a carreira jornalística. Foi aluna da Universidade Metodista de São Paulo. Depois que ingressou na profissão, ela só ficou fora da área em 2002, quando foi morar em Londres, na Inglaterra.

A decisão sólida de ser jornalista só veio durante a faculdade, quando ela começou a ter um estudo mais aprofundado do que é ser jornalista e de exercer a profissão. Ela se sente uma privilegiada em aplicar o que aprendeu na faculdade e diz gostar muito do que faz. "É gratificante poder trabalhar com aquilo que estudei", afirma.

Seu objetivo inicial era trabalhar em revistas, mas aos poucos as oportunidades de trabalhar em outras áreas a fizeram gostar do telejornalismo. "Quando era estudante nunca tinha me imaginado como jornalista de TV. Hoje eu amo o que faço. Acho a linguagem da televisão uma forma de comunicação muito rica", comenta ao relatar sua experiência profissional.

Ana se identifica com seu trabalho no Globo Rural e com os temas que o telejornal trata. "São temas que tem uma riqueza muito grande e eu gosto de aprender sobre eles", disse. Ela ainda conta que o mundo tratado pelo Globo Rural é muito mais próximo do nosso cotidiano do que a maioria pensa.

Como jornalista ela não se diz totalmente realizada. "Sou feliz por poder trabalhar com o que gosto e com uma equipe tão unida e gostosa como é a do Globo Rural. Mas ainda tenho muitos sonhos profissionais para realizar", relata.

Ana é apaixonada por leitura, apesar de nunca ter escrito um livro. Os autores que mais gosta são: Saramago, Garcia Marques, C.S.Lewis e muitos autores que também são jornalistas, Ricardo Kotscho, Eliane Brum, Carlos Dorneles, Caco Barcelos.

Paulo Henrique Amorim

“Olá, tudo bem?”. Essa é provavelmente a mais famosa saudação de Paulo Henrique Amorim. Jornalista multimídia, atualmente, é apresentador do programa Domingo Espetacular, na Rede Record, além de possuir um dos mais acessados blogs do país, o Conversa Afiada. Ainda tem tempo para assinar artigos na revista Carta Capital, participar como colunista de vídeos divulgados pelo UOL e apresentar, às terças-feiras, o Record News.

Natural do Rio de Janeiro, nascido em 1942, o jornalista tem uma trajetória profissional de sucesso. Apesar de sua formação em Sociologia e Política, Amorim recebeu de seu pai, Deolindo Amorim, as influências para entrar no jornalismo. Seu primeiro grande trabalho foi em 1961, cobrindo a renúncia de Jânio Quadros à presidência. A partir dos anos 70, fez muitas coberturas internacionais, como o Escândalo Watergate, o fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim, os conflitos de Kosovo e Sarajevo. Muito experiente, Amorim já passou por vários veículos de comunicação, como as revistas Chuvisco, Jóia, Fatos & Fotos, Manchete, Realidade, Veja e Exame. Passou também pelo Jornal do Brasil, pela TV Manchete, Rede Globo, Bandeirantes, TV Cultura e Rede Record, e pelos portais Zaz, Terra, UOL e iG.

Paulo Henrique Amorim é conhecido pelo seu posicionamento crítico em relação à Rede Globo. Publicou, em 2005, juntamente com a jornalista Maria Helena Passos, o livro “Plim-plim: a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”, em que denuncia a trama que manipulou as eleições para governador do Rio de Janeiro em 1982 com o apoio da Globo, segundo informações do livro. De espírito combativo, Amorim sempre classificou a mídia brasileira como conservadora, além de afirmar que estamos longe, em termos de qualidade, do jornalismo inglês, norte-americano e europeu em geral.

Aos 65 anos, casado, pai de uma filha, o jornalista mora hoje em São Paulo. Além da televisão e da Internet, e de seus trabalhos paralelos com revistas e publicações próprias, Amorim ainda mantém uma conturbada agenda de palestras em universidades, empresas, ONGs e várias outras instituições.



A opinião do público

Ana Caroline Castro:

Para Ana Caroline o ingresso ao mercado de trabalho não é tão difícil como todos pensam. A estudante de jornalismo do 6° semestre, Jackeline Plensack, 20 anos, concordou com a declaração da Ana e afirmou: “Não é tão difícil entrar. Se você procura sempre acha onde trabalhar.” Já para aluna Aline Torrei Camargo, 19 anos, 4° semestre de jornalismo, não é fácil conseguir o primeiro emprego “tem que ter preparação. Ter conhecimento de outras áreas não torna mais fácil, mas ajuda.”

Outro ponto em destaque foi a importância do diploma para exercer a profissão devido as empresas que não querem ter vínculos empregatícios com os contratados. Assim, utilizam o produto de “freelancers” desvalorizando o trabalho e os direitos dos jornalistas. “É um mercado muito competitivo e os jornais fazem isso para pagar menos”, disse Carolina Pereira Otero Rodrigues, 20 anos, aluna de jornalismo do 4° semestre.

Além do diploma é necessário ter uma formação acadêmica que abrange tanto o teórico quanto o prático. Por isso, também entrou em questão se a Universidade Metodista oferece uma estrutura adequada para a graduação do profissional, a qual Ana Caroline considera ser uma boa faculdade. Na opinião de Natália de Azevedo Salvado, 19 anos, 4° semestre de jornalismo “a estrutura prática de TV e de rádio é boa, mas a parte de impresso é falha”.

Camila Marconato:

Camila Marconato, que trabalha com produção, reportagem e edição de texto no Globo Rural, falou sobre a faculdade, os estágios, o seu trabalho no programa e a questão da importância do diploma jornalístico no mercado de trabalho.

Os espectadores deram sua opinião sobre a palestra da jornalista. Para Dagmar Silva Pinto de Castro, professora do Programa de Pós-Graduação de Administração da Metodista, “ela se colocou muito bem, pois soube abordar a necessidade de a pessoa ter uma formação. Demonstrou ser apaixonada por aquilo que faz”.

A respeito do diploma, declarado por Camila como essencial à profissão, a maioria foi unânime: ele é importante. Beatriz Farrugia, aluna do 2º semestre de jornalismo do período noturno, concorda com Camila: “Na faculdade temos a oportunidade de lidar mais com a parte técnica e a conceitual não presente no dia-a-dia”, disse. “A faculdade é quem ensina as questões éticas. Se você não aprende na faculdade, não aprende em nenhum lugar”, declarou Marina do Santos Dias, aluna do 4º semestre de jornalismo.

Já a estudante do 4º semestre de jornalismo, Marília Carneiro, mudou de opinião depois de ter ouvido a declaração de Camila sobre o certificado. “Li uma matéria na Folha e me decepcionei, pensei em largar a faculdade. Parecia que o diploma não adiantava nada. Vou fazer outra faculdade e ser fonte, escrever matérias sem ter diploma. Depois do encontro, passei a concordar com ela sobre o assunto.”

Outra entrevistada foi Margarete Vieira, professora de jornalismo da UMESP, que considerou fundamental o certificado e a faculdade na formação de futuros jornalistas.

O aluno do 2º semestre Felipe Duarte falou sobre a força de vontade da profissional, que mesmo tendo paixão pelo futebol, se dedicou a outras áreas até chegar ao Globo Rural. “Ela queria ser jogadora, chegou lá no Globo Rural, se interessou, mesmo não gostando muito.” Camila também abandonou o cargo de professora de inglês, bem assalariada, para estagiar na área jornalística por um salário bem menor.

Marília admira a coragem da jornalista, mas disse que em seu lugar não faria a mesma coisa. “Às vezes o dinheiro acaba falando mais alto, e é preciso colocá-lo na frente hoje em dia. São muitas frustrações, fica mais difícil quando se é mal remunerado.” Nina Monteiro, também do 4º Semestre, tem opinião semelhante a respeito do salário. Declarou não largar um trabalho remunerado mesmo com toda a paixão que sente pelo Jornalismo. A coragem de Camila é marca de suas conquistas.

Quando questionado sobre o papel da faculdade na formação do jornalista, o professor de telejornalismo da Metodista Fernando Vilar defendeu a importância, mas ressaltou que um profissional não depende somente do curso regular para obter sucesso. “Eu acho que é fundamental, mas não que seja uma regra que o profissional que faz faculdade esteja apto para trabalhar. Acho que a exigência não é tão grande. Mais do que o trabalho técnico, há a disciplina teórica, discussões e debates. A faculdade tem essa função”.

Marina Dias , o que ficou da palestra foi que “você deve estar aberto às oportunidades. Por mais que você não goste de um determinado assunto, você deve aproveitar, pois há pontos positivos. Você ganha experiência e isso conta no currículo”.

Leandro Mota:

Mota levantou o tema sobre a diversidade da profissão. “Ele foi muito feliz ao afirmar que jornalismo é sempre jornalismo independente da área de atuação, pois o que verdadeiramente importa é o bom jornalismo” disse Eloísa de Oliveira Ribeiro, 41 anos, professora de rádio.

Ao contrário do repórter da CBN, que cobriu as Olimpíadas de Pequim e o Pan-Americano do Rio de Janeiro, Everson Garcia, 29 anos, estudante do 4º semestre de jornalismo, não tem ambição de trabalhar no mundo esportivo. “Gosto da profissão, pois ela propicia o envolvimento com várias áreas. Prefiro política e economia. Ainda acredito que posso mudar o mundo”. Segundo Raphael Zaghi, 19 anos, aluno do 4º semestre, a pluralidade é essencial na profissão “Ainda não tenho idéia da editoria que quero trabalhar. Não quero atuar na mesma editoria a vida toda”.

Apesar de Mota ser jovem, o jornalista tem no currículo experiências comparadas à de profissionais experientes. “Eu achei ótimo, ele mostrou que apesar de jovem é possível realizar e alcançar metas” declarou Eloísa. “Todas as opiniões são válidas. Jornalistas jovens estão mais próximos do nosso universo que os mais experientes. Passaram por problemas como falta de dinheiro no início da profissão, procura de emprego nos dias de hoje, entre outros” disse Mariana Espósito, 20 anos, cursando o 3º semestre.

Os estudantes reconhecem as dificuldades da profissão. “Uma das coisas que desanima na profissão é o salário inicial” declarou Silvia Postigliori, 21, aluna do 6º semestre. “Muitos partem para a carreira acadêmica ou fazem outras faculdades” disse Tatiana Costa, 20 anos, também cursando o 6º semestre.A palestra do jovem jornalista foi bem avaliada pelos alunos. “Com certeza o encontro vai complementar nosso ensino” afirmou Camila Ribeiro, 22 anos.

Paulo Henrique Amorim:

Durante a sua palestra, o convidado definiu como tema a relação da Rede Globo e o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Funcionário do império televisivo brasileiro, ele abordou a manipulação do debate de Lula e Fernando Collor, onde o candidato do PTB teve a edição ao seu favor.

Outros relatos estão relacionados à postura de Roberto Marinho (fundador das Organizações Globo) e a submissão do presidente para a imprensa. A estudante Carolina Marcelino, do 4º semestre, achou a palestra muito boa, pois “consegui me apaixonar ainda mais pela profissão”.

Após a palestra, o jornalista abriu espaço para perguntas. Quando questionado sobre os processos da Record e a Igreja Universal (ambas do empresário e pastor Edir Macedo) ao jornal Folha de São Paulo, o apresentador ‘fugiu da raia’ e disse não ter conhecimento sobre o jurídico da emissora, fato que não agradou aos que assistiam a discussão.

Para o coordenador da Fajorp (Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da UMESP), Rodolfo Carlos Martino, a presença de Paulo Henrique Amorim é importante, pois ele é uma figura de opinião crítica e o seu estilo de jornalismo “foge do esquemão do lugar comum”, justificando assim a presença do “observador de uma grande história”.