terça-feira, 30 de setembro de 2008

A palavra da platéia

Os jornalistas Ricardo Fotios (UOL), Margot Pavan (Abril.com), Ana Lúcia Araújo (Limão/Estadão) e Camila Escudero (Fajorp), todos envolvidos de alguma maneira com o jornalismo participativo, mote principal do evento.

Ana Lúcia falou sobre sua carreira na Folha de S. Paulo e sobre seu atual projeto, o site “Limão”, que se utiliza muito dos recursos do jornalismo feito por pessoas normais. Conversamos com alguns dos ouvintes da palestra para saber suas opiniões sobre o tema.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Não só no jornalismo participativo em si, mas também no jornalismo da Internet, que precisa evoluir muito em termos de credibilidade e modos de cobertura. É uma coisa muito nova. Acredito que ainda vá mudar muito, e em pouco tempo, se comparado com o modo que é feito hoje. Creio que não vai demorar muito para acontecer grandes mudanças. Dentro do que tem sido feito hoje, ainda é uma cobertura que deixa a desejar. Espero que essa cobertura se especialize um pouco mais para ficar melhor e mais interessante para o usuário.

Você acha justo o site ser processado por uma publicação indevida de um usuário que pode, ou não, se identificar?

Acho interessante o ponto que ela tocou, que deva existir uma mediação. Alguns transtornos para a empresa devem ser evitados, assim como para o usuário do site ou blog. Enfim, o usuário tem que ter um pouco de liberdade para poder expressar o que está querendo dizer. Então, se tiver muita mediação, acaba não se tornando interessante para o usuário. Tem que haver um equilíbrio entre moderador e o usuário.

Leandro Leone, 21, aluno do 6º semestre de jornalismo na UMESP.

Você acha que o Limão consegue juntar o jornalismo formal do Estadão com a interatividade do UOL?

“Acho que o Limão está no caminho certo. O site se esforça, tem um objetivo de atrair um público mais jovem, voltado para esse Jornalismo participativo, que é o tema da palestra de hoje.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Sou leigo no assunto, mas mesmo assim acredito que falta alguma coisa”

Humberto Marçal de Oliveira, 35, administrador de empresas.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

Ainda está no começo, mas acho que vai ficar muito bom. É um meio para as pessoas mostrarem o que elas pensam. Para mostrar o que está acontecendo e que nem sempre é coberto.

Você acha que é importante ser coberto por outros ângulos?

Sim. Não tem como você estar em todo os lugares. E mostra o que é importante para o usuário. Você mostra o que está acontecendo na sua região, por exemplo.

Gabriel Bonis, 19, aluno do 3º semestre de Jornalismo na UMESP.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Acho que tem que ter uma supervisão em cima das publicações, porque qualquer um pode ir e achar que tem o direito de escrever o que quer, e não é bem assim. (Camila Leite de Lima, 20)

E você acha que isso acontece por causa das ferramentas ou dos profissionais?

De nenhum dos dois. Acho que é um pouco de irresponsabilidade das pessoas mesmo, de achar que podem escrever o que quiserem.” (Camila Leite de Lima, 20)

“Acho que como é uma novidade, está todo mundo muito empolgado e ninguém sabe direito como lidar com isso. Nem os usuários, nem os moderadores, mas acho que a tendência é melhorar. Independente de ter alguém moderandp, podando, censurando. As próprias pessoas vão adquirindo uma consciência maior. Há o costume de levarem a vida real para o espaço virtual, então, da mesma forma que na vida real as pessoas sabem que não é legal fazer baderna e xingar, eles fazem isso na web porque é um ambiente novo e, com o passar do tempo, creio os usuários se comportarão normalmente.” (Aline Costa, 21)

Alunas do 4º semestre de Jornalismo na UMESP

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