quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Saiba quem são:

Leandro Mota

Com a carreira escolhida na fila do vestibular, o jornalista Leandro Mota Lima dos Santos teve sua maior experiência profissional neste ano: cobrir as Olimpíadas de Pequim. Com apenas 24 anos, ele foi um dos cinco escolhidos pela Rádio CBN para cobrir o grande evento.

Leandro se formou em 2005, pela Universidade Metodista de São Paulo. No Ensino Médio, estava em dúvida entre Jornalismo e Publicidade. "A idéia de Jornalismo veio no 2º colegial quando ainda estava na dúvida. Sabia que era na área de humanas, só não sabia o que ao certo. Acabei optando pelo o que mais gostava não levando em conta a parte financeira".

No último ano de faculdade, participou de um processo seletivo para a TV Globo e a Rádio CBN, junto com muitos de seus colegas de classe. Na primeira fase havia 12 vagas para 600 candidatos. Desses doze, apenas três ficaram. Quanto ao resultado, Leandro diz: "Fiz o processo seletivo super desencanado, surpreendentemente passei. Não tinha pretensões de entrar em um estágio para ganhar 300, 400 reais".

Mota está na CBN desde 2005, quando começou como estagiário. Em 2006, era trainee. Foi efetivado como repórter em 2007, mesmo ano em que foi escalado para cobrir os Jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro. Hoje, atua na área de esportes, a qual sempre se interessou. É um dos ‘folguistas’ (faz a folga do setorista) e costuma cobrir o programa do Juca Kfouri, além de fazer transmissões de jogos ao vivo, reportagens especiais, e também produção de jornadas e reportagens de outros esportes.

Apesar de amar o que faz, o jornalista não tem certeza sobre seus próximos passos. "Não tem coisa mais legal do que entrar ao vivo, mas, financeiramente, o jornalismo não tem o retorno esperado. Vejo que escolhi a profissão certa, mas tenho dúvidas quanto ao futuro, não quero chegar aos 30 anos ganhando o que eu ganho hoje".

Para não viver só do jornalismo, o jovem pensa em fazer alguma especialização ou até mesmo outra faculdade, entre elas Direito, História ou Sociologia do Esporte. Apaixonado pelo o que faz, Mota afirma: "Se eu pudesse escolher, trabalharia em rádio sempre".

Camila Marconato

Trabalha no Globo Rural, onde atua como produtora, repórter e editora. Menina da cidade, nunca pensou em lidar com os temas rurais. Nascida em São Bernardo do Campo, criada em Mauá e atualmente moradora de São Paulo, nem tinha assistido ao programa até ser estagiária por 15 dias. Camila conta: "Sempre gostei de jornalismo de boa qualidade e isso tem lá, como em poucos lugares por onde passei. Foi um caso de amor à primeira vista. Cresci como jornalista e como ser-humano, é um ambiente de reflexão e aprendizado constantes".

Ex-aluna da Universidade Metodista de São Paulo se formou em 2003. Sempre gostou de ler, escrever e conversar. Desde cedo, optou pelo jornalismo. No começo, queria exercer a profissão porque gostava muito de futebol e achava que esse seria o único jeito de trabalhar com o assunto, "mas antes ainda da adolescência isso passou, e ficou o desejo de permanecer na profissão".

Camila, já trabalhou como professora de inglês durante três anos de sua vida, depois como estagiária do Diário do grande ABC Online e da TV Globo. Quando se formou, foi efetivada na emissora, trabalhando alguns meses na produção do jornalismo local até que fosse contratada para trabalhar no Globo Rural.

A jornalista afirma comprar as pautas de reportagem de verdade, se aprofunda e admite ter uma "quedinha" pelas matérias mais humanas, sociais, cheias de bons personagens. Diz ainda, que no programa são os próprios repórteres que produzem e editam suas matérias. Como é a repórter caçula, também ajuda a produzir matérias de outros repórteres e cobre algumas férias no Globo Rural Diário. Três de suas reportagens lhe marcaram mais: a série sobre o tropeirismo (que virou até DVD e livro), a geração de renda no sertão usando a palma forrageira e a reportagem sobre o analfabetismo no campo.

Trabalhando no programa da emissora Globo, Camila conta que já passou por diversas situações inusitadas, como pegar carrapato, atolar o carro, sofrer intoxicações alimentares. "No meio da Amazônia já sofremos até ataques de ratos, que detonaram nossa comida", confessou.

Desde que entrou na profissão nunca parou de trabalhar na área. O que mais gosta no jornalismo é o fato de nunca se desfazer do que produz, "Quem fabrica um carro, vende e fica sem ele. Nós, ao contrário, vendemos algo que sempre fica conosco, vendemos notícia, conhecimento. Sempre ganhamos. Isso nos enriquece a todo tempo, sem contar que, por meio dessa profissão, tenho a chance de conhecer pessoas, lugares e realidades que nunca nem imaginei".

Teve vários mestres no Globo Rural, mas sempre tem a sensação de não saber nada. "Hoje, queria ser repórter como Carlos Dorneles, por exemplo, editar como Lucas Bataglin ou Nélson Araújo, ter os conhecimentos de Benedito Cavechini ou Gabriel Romeiro, ter o texto do José Hamilton Ribeiro... E isso só pra citar as pessoas que trabalharam ou trabalham comigo." Camila fala que a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho é arrumar o primeiro estágio por não ter experiência nenhuma.

E ainda deixa uma dica para os futuros jornalistas, "Leia, leia, leia. Quem não lê, não escreve. Mantenha-se muito informado, isso é fundamental para entrar no mercado de trabalho".

Ana Caroline Castro

Ana Caroline Castro, 28 anos, nascida em Londrina, é jornalista e começou sua carreira em 1999. No segundo ano de faculdade começou como estagiária na Revista Época, depois teve uma passagem pelo Diário do Grande ABC e atualmente é produtora do Globo Rural.

Ana relata que antes de prestar vestibular não sabia qual carreira seguir. Segundo a jornalista, ela ficou em dúvida entre Direito, Sociologia e Jornalismo. Ela prestou vestibular para Jornalismo e Direito, mas resolveu seguir a carreira jornalística. Foi aluna da Universidade Metodista de São Paulo. Depois que ingressou na profissão, ela só ficou fora da área em 2002, quando foi morar em Londres, na Inglaterra.

A decisão sólida de ser jornalista só veio durante a faculdade, quando ela começou a ter um estudo mais aprofundado do que é ser jornalista e de exercer a profissão. Ela se sente uma privilegiada em aplicar o que aprendeu na faculdade e diz gostar muito do que faz. "É gratificante poder trabalhar com aquilo que estudei", afirma.

Seu objetivo inicial era trabalhar em revistas, mas aos poucos as oportunidades de trabalhar em outras áreas a fizeram gostar do telejornalismo. "Quando era estudante nunca tinha me imaginado como jornalista de TV. Hoje eu amo o que faço. Acho a linguagem da televisão uma forma de comunicação muito rica", comenta ao relatar sua experiência profissional.

Ana se identifica com seu trabalho no Globo Rural e com os temas que o telejornal trata. "São temas que tem uma riqueza muito grande e eu gosto de aprender sobre eles", disse. Ela ainda conta que o mundo tratado pelo Globo Rural é muito mais próximo do nosso cotidiano do que a maioria pensa.

Como jornalista ela não se diz totalmente realizada. "Sou feliz por poder trabalhar com o que gosto e com uma equipe tão unida e gostosa como é a do Globo Rural. Mas ainda tenho muitos sonhos profissionais para realizar", relata.

Ana é apaixonada por leitura, apesar de nunca ter escrito um livro. Os autores que mais gosta são: Saramago, Garcia Marques, C.S.Lewis e muitos autores que também são jornalistas, Ricardo Kotscho, Eliane Brum, Carlos Dorneles, Caco Barcelos.

Paulo Henrique Amorim

“Olá, tudo bem?”. Essa é provavelmente a mais famosa saudação de Paulo Henrique Amorim. Jornalista multimídia, atualmente, é apresentador do programa Domingo Espetacular, na Rede Record, além de possuir um dos mais acessados blogs do país, o Conversa Afiada. Ainda tem tempo para assinar artigos na revista Carta Capital, participar como colunista de vídeos divulgados pelo UOL e apresentar, às terças-feiras, o Record News.

Natural do Rio de Janeiro, nascido em 1942, o jornalista tem uma trajetória profissional de sucesso. Apesar de sua formação em Sociologia e Política, Amorim recebeu de seu pai, Deolindo Amorim, as influências para entrar no jornalismo. Seu primeiro grande trabalho foi em 1961, cobrindo a renúncia de Jânio Quadros à presidência. A partir dos anos 70, fez muitas coberturas internacionais, como o Escândalo Watergate, o fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim, os conflitos de Kosovo e Sarajevo. Muito experiente, Amorim já passou por vários veículos de comunicação, como as revistas Chuvisco, Jóia, Fatos & Fotos, Manchete, Realidade, Veja e Exame. Passou também pelo Jornal do Brasil, pela TV Manchete, Rede Globo, Bandeirantes, TV Cultura e Rede Record, e pelos portais Zaz, Terra, UOL e iG.

Paulo Henrique Amorim é conhecido pelo seu posicionamento crítico em relação à Rede Globo. Publicou, em 2005, juntamente com a jornalista Maria Helena Passos, o livro “Plim-plim: a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”, em que denuncia a trama que manipulou as eleições para governador do Rio de Janeiro em 1982 com o apoio da Globo, segundo informações do livro. De espírito combativo, Amorim sempre classificou a mídia brasileira como conservadora, além de afirmar que estamos longe, em termos de qualidade, do jornalismo inglês, norte-americano e europeu em geral.

Aos 65 anos, casado, pai de uma filha, o jornalista mora hoje em São Paulo. Além da televisão e da Internet, e de seus trabalhos paralelos com revistas e publicações próprias, Amorim ainda mantém uma conturbada agenda de palestras em universidades, empresas, ONGs e várias outras instituições.



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